sábado, 24 de novembro de 2012

Os maiores aceleradores de partículas do mundo

Aceleradores de partículas são equipamentos que emitem grande quantidade de energia em um volume pequeno através de estruturas subatômicas com cargas. No cotidiano pode-se encontrar alguns exemplos como a televisão de tubo. No mundo da ciência existem poderosos aceleradores que buscam ultrapassar o conhecimento humano sobre as partículas atômicas (Fóton, Graviton, Léptons, etc.) Segue uma lista desses grandes feitos da ciência e da engenharia.

1) LHC ( Grande colisor de Hádron)

Nada menos que o maior e mais conhecido acelerador de partículas do mundo. Projetado para estudos de colisões de feixes, batendo vários recordes desde a sua inauguração em 2008. O gigantesco laboratório se encontra a cerca de 170 metros abaixo do solo e tem forma de círculo(Síncrotron) com 27 Km de circunferência abaixo da fronteira entre França e Suíça. Existe um grupo significativo de cientistas brasileiros trabalhando em suas pesquisas. Alguns cientistas Phds acusam o LHC de comprometer a terra pois poderia formar um suposto buraco negro que, grosseiramente falando, "engoliria" o planeta inteiro, isso ainda causa polêmica. Esse gigante custou cerca de 3 bilhões de euros.




2) Tevatron

Pertence a um laboratório de física de partículas, em Winfield, Estados Unidos da América. É outro exemplo de Síncrotron, com seus 6,3 Km de circunferência foi um  grande feito para a época, 1984 (Ano que foi terminado). Custou inicialmente 120 milhões de dólares mas, outros gastos tecnológicos foram acrescentados ao longo dos anos. Em 2011 foi desativado. O Tevatron foi o primeiro equipamento a detectar a partícula Quark. 


   

3) RHIC ( Colisor relativístico de íons pesados) 

Localiza-se no Laboratório nacional de Brookhaven no estado de Nova Iorque, Estados Unidos da América. Foi concluído e ativado em 2000 e, como o LHC, o RHIC foi muito especulado que poderia causar o início de um buraco negro no planeta. O principal objetivo desse magnífico equipamento era os estudos de plasmas de quarks e glúons. A temperatura mais alta criada pelo homem foi produzida por esse acelerador, cerca de 4 trilhões de graus Celsius, quase 80 mil vezes a temperatura do interior do sol. o gigante tem 4 Km de circunferência e sua construção custou aproximadamente 600 milhões de dólares. 





4)  LNLS (laboratório Nacional de Luz Síncrotron)  

O blog engenharia química não poderia deixar de colocar o nosso representante brasileiro. O acelerador de partículas desse laboratório é o primeiro da América latina, fica em Campinas, São Paulo. Começou a ser projetado em 1983, mas entrou em funcionamento apenas em 1997. Suas pesquisas deram frutos a vários artigos e consequentemente a avanços na ciência e engenharia brasileira. Com os resultados positivos o centro nacional de pesquisa em energia e materiais (Cnpem) elaborou um projeto de um acelerador maior para 2018, Sirius. Há quase 3 mil pesquisadores trabalhando no local.




sábado, 17 de novembro de 2012

Brasil e o seu Pré-sal

Petróleo. O conhecido ouro preto. Cobiçados por todos os países pois é sinônimo de riqueza. A fonte de energia fóssil é explorada cada dia com mais tecnologia e recursos. Aliás a grande maioria dos estudantes de engenharia química ,atualmente, almejam trabalhar no ramo petroquímico, uma promessa de ótimos empregos. Umas das razões disso é o fato que foi encontrada um tesouro para a indústria petroquímica brasileira, o famoso Pré-sal. Com esse achado valiosíssimo estima-se que o Brasil passaria a ser exportador de petróleo por vários anos. Não precisa nem comentar o quanto há de vantagem para a economia dos brasileiros.

Primeiramente vamos esclarecer o que é o Pré-sal. Há aproximadamente 150 milhões de anos foi formada uma porção do subsolo constituída de óleos leves que se encontra abaixo de uma camada de sal á quilômetros do leito do mar. Essas rochas de pré-sal, no Brasil, são quilométricas se estendendo em 800 Km no litoral brasileiro e contendo 200 Km de largura, aproximadamente. O potencial de exploração de petróleo é gigantesco estima-se em 10 bilhões de barris. Até aí esta tudo bem, mas se paramos para pensar como e qual o custo da retirada desse petróleo é quando surge a grande polêmica.


O Brasil não tem tecnologia e nem mão de obra qualificada para esse nova alternativa de fonte energética.  Então é constante o aumento de vagas que prometem bons salários para profissionais dessa área. Muito provável que o país não consiga suprir essas necessidades em curto tempo.
Em termos de Tecnologia, é importante ressaltar o tamanho do desafio que as empresas de exploração devem  enfrentar. O Brasil deve inovar. Por exemplo, os equipamentos que agora serão usados na retirada de petróleo devem suportar pressões incrivelmente grandes, equivalentes à força peso de um elefante adulto sobre da área do corpo de uma formiguinha. Laboratórios para estudos do pré-sal são cada vez mais frequentes no território brasileiro.

Segue um vídeo interessante de um documentário exibido no canal Discovery Channel, que retrata algumas informações a mais.



É possível observar que com esse movimento que engloba o pré-sal o Brasil não evolui apenas no quesito petróleo, mas evolui na tecnologia. O país do futebol pode agora ser conhecido como uma nação que consegue dirigir e construir tecnologia de ponta. mas deve-se dizer que serão bilhões de reais gastos. A grande questão é: Vale á pena investir tanto em uma fonte de energia não renovável e altamente poluente?